Na quarta-feira, um grupo global de combate à pirataria, que inclui Apple TV+, Netflix, The Walt Disney Studios e Warner Bros. Discovery, anunciou que ajudou a realizar uma operação de repressão que desmantelou o Streameast, descrito como a “maior operação de streaming de esportes ao vivo ilícita do mundo”.
Atualmente, ao acessar os sites do Streameast que foi desmantelado, aparece um link da Aliança pela Criatividade e Entretenimento (ACE), que orienta sobre como assistir a jogos esportivos de forma legal. No entanto, usuários relataram que ainda conseguem acessar transmissões ilegais de esportes a partir de um outro Streameast, que é o Streameast original. A persistência dessa marca de pirataria bastante popular reflete os problemas complicados enfrentados pelos detentores dos direitos esportivos e pelos fãs de esportes.
Operação de repressão desmantela “copia” do Streameast
Em comunicado divulgado ontem, a ACE, que é composta por 50 entidades da mídia, informou que a rede Streameast que ajudou a desmantelar tinha 80 “domínios associados” e “mais de 1,6 bilhão de visitas no último ano”. De acordo com o portal The Athletic, a rede registrou em média 136 milhões de visitas mensais.
Um porta-voz da ACE declarou ao Ars Technica que aproximadamente 10.000 eventos esportivos foram exibidos ilegalmente na rede de streaming ao longo dos últimos seis anos.
Segundo a ACE, o tráfego do Streameast provinha principalmente dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Filipinas e Alemanha.
A operação que desmantelou o Streameast resultou de uma investigação que ocorreu de julho de 2024 a junho de 2025, conforme reportado pelo Deadline. A ACE trabalhou em conjunto com autoridades egípcias, Europol, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos e o Centro Nacional de Coordenação de Direitos de Propriedade Intelectual, de acordo com o The Athletic.
O porta-voz da ACE afirmou:
Na noite de domingo, 24 de agosto, até a manhã de segunda-feira, 25 de agosto, as autoridades egípcias realizaram invasões coordenadas visando dois indivíduos por trás da rede de pirataria que operava o grupo de sites do Streameast. Vinte e dois policiais foram mobilizados para a operação.
A operação resultou na prisão de dois homens sob suspeita de violação de direitos autorais na cidade de El Sheikh Zayed, próxima à região metropolitana do Grande Cairo. As autoridades egípcias teriam confiscado dinheiro e encontrado conexões com uma empresa nos Emirados Árabes Unidos que era usada para lavar US$ 6,2 milhões em “receita publicitária”, conforme relatado pelo The Athletic. Os investigadores também descobriram US$ 200.000 em criptomoedas. Além disso, foram confiscados três laptops e quatro smartphones utilizados para operar os sites de pirataria, além de 10 cartões de crédito com um total de aproximadamente US$ 123.561, segundo informou a ACE ao Deadline.